Meu primeiro contato com o idioma foi em 1989, durante um famoso seriado japonês chamado Changeman. Gostava de assistir só para poder colecionar as letrinhas dos nomes dos monstros que apareciam. Fui tomando cada vez mais gosto pela coisa até que, em 1991, eu dava um jeito de sempre arranjar algum dinheiro para que um colega de classe – que estudava japonês de verdade – me emprestasse a apostila dele para copiar o que eu podia durante o recreio ou escondido dos professores. O professor de português a quem muito eu admirava, foi um dos incentivadores a estudar o japonês para que eu pudesse realizar o sonho de ser um professor como ele – revelei-lhe. Morreu num acidente de carro em 1992, infelizmente; contudo, aumentou ainda mais o sentimento de honra em conseguir tal sonho e fui à luta. Não podia pagar escola devido a origem humilde, passei pelo desdém daqueles que me desencorajavam, enfrentei 13 vestibulares para chegar à tão sonhada faculdade de Japonês (além da experiência em faculdade japonesa) e mais outros tantos obstáculos que sempre inventam para te derrubar (que aqui não cabe mencionar) para poder dizer hoje com muito orgulho que, graças aos que acreditaram de verdade no sonho daquele ingênuo garoto: VENCI!